O movimento cultural
eu contribuiu para essas transformações é conhecido como
renascimento no século XV-XVI. Tendo por berço a península
Ibérica, criaria as bases conceituais e de valores que permitiriam o
impulso da razão e da ciência no século XVII.
Inspirado mo
humanismo-movimento de intelectuais que defendiam o estado da cultura
greco-romana e o retorno a seus ideais de exaltação do ser humano e
se seus atributos, como a razão liberdade, o renascimento propiciou
o desenvolvimento de uma mentalidade racionalista. Revelando maior
disposição para investigar os problemas do mundo, o individuo
moderno aguçou seu espírito de observação sobre a natureza,
dedicou mais tempo à pesquisa e as experimentações abriram a mente
ao livre exame do mundo.
Esse conjunto de
atitudes contrapunha-se, em grande medida, a mentalidade medieval
típica, influenciada pelo pensamento contemplativo e mais submisso
as chamadas verdades inquestionáveis da fé. O pensador moderno
buscaria não somente conhecer a realidade, descobrir as leis que
regem os fenômenos naturais, mas também exercer controle sobre ela.
O objetivo era prever para prover, como se diria mais tarde.
Isso não
significou porem, um completo abandono das questões cristas
medievais, o que torna claro se observou o fundo religioso que
persiste nas obras intelectuais e artísticas desse período. O que
ocorreu foi uma renovação no tratamento dessas questões, a partir
de uma nova perspectiva humana, de uma “humanização” do divino.
Ameaças á nova mentalidade
A transição para a
mentalidade cientifica moderna não foi um processo súbito e sem
resistências. Forças ligadas ao passado medieval lutaram duramente
contra as transformações que se desenvolviam, punindo, por exemplo,
muitos pensadores da época e organizando listas de livros proibidos
(o Índex).
Foi nesse contexto
que vários pioneiros da ciência moderna sofreram perseguição da
inquisição, tribunal instituindo pela igreja Católica com fim de
descobrir e julgar os responsáveis pela propagação de heresias,
isto é, concepção contraria aos dogmas dos católicos.
A formulação de
Copérnico de que é o sol, e não a terra, o centro do universo
atingia a concepção medieval crista de que o ser humano é o ser
supremo da criação e que, por isso, seu hábitat, a Terra, deveria
ter o privilegio de ser o centro em relação aos outros astros.
Compreende-se assim o mal-estar causado pela tese copernicana.
Outro aspecto que
incomodou as autoridades católicas que a natureza e o universo
passaram a ser concebidos a partir de um novo paradigma, baseando
tanto na observação direta como na representação matemática.
Essa mudança de atitude e seus resultados foram entendidos como uma
ameaça aos dogmas da igreja, e poderiam afastar as pessoas de fé
cristã.
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