sexta-feira, 17 de maio de 2013

Amor platõnico, amor idealizado



            
           Amor platônico, amor idealizado

     "Ainda agirmos como se os afetos e o corpo não tivessem 
                      nada a ver um com o outro"
     "Você já ouviu a expressão “amor platônico”?
     No livro “O Banquete”, Platão escreveu sobre os vários graus do desejo humano, do mais sensual ao mais espiritual. Ele descrevia formas diferentes do desejo amoroso. Afirmava que o mais verdadeiro era o desejo da alma e não do corpo. Para ele, a alma era parte do homem voltada ao eterno, enquanto tudo o que se refere ao corpo, era finito. Assim, o verdadeiro é o eterno, o que morre o finito, é menos importante.
     Por vezes, essas afirmações de Platão são interpretadas como desvalorização do corpo diante da alma. Elas são também, associadas a certas ideias cristãs, por exemplo, a ideia de que a vida verdadeira é a do espirito e não do corpo. Quando assim tomadas, elas apresentam-se como negação da sexualidade e enquanto uma dimensão fundamental do homem.
     Ainda hoje essa oposição permanece sendo importante em nossa cultura. Separamos alma e corpo, sexo e amor. Parece que amigos como se os afetos e o corpo não tivessem nada a ver um com o outro. Ou então “que só tem sentido fazer sexo como forma de um ‘amor idealizado”, único e eterno. Será que a separação ou a junção idealizada entre o corpo e alma são os únicos modos de pensar e viver a sexualidade humana?

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